Anthropology Museum

Dualidade

Uma cobra e um jaguar lutando. O sol e a lua lutando dia a dia. Vermelho e azul como a antítese e ao mesmo tempo cenário em que toda a ação acontece. Nesta cena, Tamayo quer representar o confronto entre as forças do dia e da noite, representadas por Quetzalcoatl e Tezcatlipoca.

Rufino Tamayo é talvez um dos pintores mais importantes do século 20 no México e um dos mais famosos. Único em seu estilo, ele é o pai do modernismo mexicano. O museu que fica a poucos passos daqui é o Museu de Arte Contemporânea. Quetzalcoatl e Tezcatlipoca para muitos são os principais deuses. A primeira, uma serpente emplumada e a segunda é o senhor do céu e da terra. Ambos são dualidade e antagonismo.

Tamayo provavelmente escolheu este mural para começar esta visita mostrando a complexidade da mitologia pré-colombiana. Não há nem bom nem mau, há forças antagônicas opostas que são disputadas, mas que geram uma harmonia e um equilíbrio universal.